sexta-feira, 30 de novembro de 2007

As Pessoas e Nossa História

É bastante difícil imaginarmos e/ou compreendermos os caminhos que trilhamos nessa vida. Ao percorrê-los, passamos por vários caminhos, várias pessoas, muitas vezes pura obra do acaso. E do mesmo modo, outras pessoas estão trilhando seus caminhos particulares, e passam pelo nosso.

É uma "malha rodoviária da vida" complexa e intrincada... Engraçado imaginar que muitas pessoas de diferentes culturas e objetivos se cruzam incessantemente, a todo segundo. Cada um com o seu alvo, maior ou menor, mais distante ou próximo. E vamos nos encontrando...

Gosto de pensar que tudo isso tem um sentido. Quantas vezes imaginei: - caramba! Que coincidência esse fato... Mas não é apenas o acaso mero simples.

Pequenos ou grandes fatos do nosso dia-a-dia, da nossa vida, nos levam e são levados conosco por anos a fio. Por toda vida às vezes. A soma dos caminhos resulta na rodovia, da mesma maneira que um quadro é a soma das pinceladas. Cada qual com sua cor, forma, intensidade... colore e dá sentido ao todo.

Nossa vida-rodovia-quadro vai sendo construída/moldada ao sabor desses fortuitos acasos.

Isso tudo poderia acabar então com: - hey! Veja lá os caminhos que você vai trilhar... Mas penso que seria melhor: hey! Veja O QUE HÁ nos caminhos em que você vai passar e não perca nenhum detalhe, aprenda, melhore... Seja Feliz!

domingo, 25 de novembro de 2007

Perdão

Que amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito a gente sabe. Além de saber, a gente tem isso dentro da gente, naturalmente. Aos amigos, reservamos lugares especiais, lugares de destaque. A gente fica com eles lá... guardados, protegidos, envoltos em pensamentos e sentimentos e divagações e lembranças e esperanças...

Esperanças... O amigo é aquele que espera. Deseja. Que não mede esforços e simplesmentes está ali, pro que der e vier.

Mesmo quando as sombras de sentimentos, de histórias, de intrigas se projetam sobre a amizade, a gente espera. Espera que seja somente intriga da oposição, que seja coisa da nossa cabeça ou que não tenhamos entendido todo o problema. A gente espera que seja a natural fraqueza humana que tende sempre a destruir mais que preservar, a invejar que emular, a dissimular que enfrentar a verdade. A gente espera. A gente torce. Mas a gente também sofre.

E sofre-se pela pertença simples e imutável à condição humana, não é verdade? Verdade essa que a gente fica tentando mudar com artifícios improvisados, mas que por nada desse mundo muda. Somos tendentes a sermos egoístas. E como bom egoísta-realista eu tenho que constatar (pelo menos esperar) que tudo o que envolve essa nossa paixão desvairada que temos por nós mesmos, é matéria pegajosa: não se toca nela sem ficar grudado. Impregnado. E é difícil deixar de se levar por essa "auto-paixão"...

Portanto amigo, você continua lá, naquele lugar especial. Não posso te expulsar por motivos tão humanos, tão naturais da nossa condição de auto-apaixonados. São pecados que eu já cometi e sendo assim não tenho direitos para sentenciar nada. Contra quem quer que seja. Ainda mais contra você que está aqui num lugar tão especial, tão bem guardado que é o meu lado esquerdo do peito.